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‘Ele me disse: fiz isso por Gaza’, diz testemunha que conversou com atirador de funcionários da Embaixada israelense nos EUA

Um casal de namorados morreu, segundo o embaixador de Israel. Suspeito de ataque gritou ‘Palestina Livre’ durante prisão. 2 funcionários da embaixada de Israel morrem baleados em frente ao Museu Judaico de Washington
Uma mulher que estava dentro do Museu Judaico de Washington D.C. no momento do ataque a tiros que matou dois funcionários da Embaixada israelense disse que conversou com o atirador. O premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, chamou o caso de “assassinato antissemita”.
“Ele me disse: fiz isso por Gaza”, afirmou Katie Kalisher à agência de notícias Reuters.
O ataque ocorreu do lado de fora do museu nesta quinta-feira (22). Elias Rodriguez, de 30 anos, atirou contra um grupo de quatro pessoas e agiu sozinho, segundo a polícia local (leia mais abaixo). Segundo Kalisher, o homem entrou no museu após os tiros e inicialmente que estava no local ninguém sabia que ele era o atirador.
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“Ouvimos tiros do lado de fora, não entendemos o que estava acontecendo. Ele entrou no prédio, estava assustado. Achamos que ele entrou no prédio porque achei Estava conversando com ele e tentando o fazer relaxar. Aí ele me disse ‘eu fiz isso, fiz por Gaza’, e começou a cantar ‘Palestina livre'”, afirmou Katie Kalisher.
Kalisher disse ainda crer que o atirador parecia “uma pessoa muito confusa”. Segundo ela, Rodriguez puxou uma keffiyeh jordaniana, e não palestina, de seu bolso quando anunciou a autoria do crime. A keffiyeh é um lenço tradicionalmente usado na Palestina e em outras regiões árabes, é um símbolo icônico da cultura palestina e da resistência.
Um evento judaico estava ocorrendo no museu no momento do ataque e, segundo a polícia de Washington D.C., o atirador não teve acesso a essa parte do museu.
Ataque
Dois funcionários da Embaixada de Israel nos Estados Unidos morreram baleados na noite desta quarta-feira (21), do lado de fora de um evento no Museu Judaico de Washington D.C..
Os funcionários da embaixada israelense mortos foram identificados como Sarah Milgram e Yaron Lischinsky.
Um homem identificado como Elias Rodriguez foi preso horas depois do crime suspeito de ser o autor dos disparos. Ao ser detido, ele gritou “Palestina livre”.
A informação foi confirmada pela secretária de Segurança Interna dos EUA, Kristi Noem, nas redes sociais.
Um suspeito de ter participado do tiroteio, Elias Rodriguez, foi preso.
Segundo o embaixador de Israel nos EUA, Yechiel Leiter, as vítimas eram um casal jovem que ficaria noivo na próxima semana. “O jovem comprou um anel esta semana com a intenção de fazer o pedido de casamento na próxima semana, em Jerusalém”, disse.
Eles foram identificados pela embaixada israelense como Yaron Lischinsky e Sarah Lynn Milgrim e “estavam no auge de suas vidas”. O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, confirmou os nomes. Leia mais sobre o casal.
A polícia da capital afirmou que o suspeito Elias Rodriguez, de 30 anos, está sob custódia. O homem foi visto caminhando “de um lado para o outro” antes do tiroteio e foi detido pela segurança do evento.
Sarah Milgram e Yaron Lischinsky, funcionários da embaixada israelense em Washington, nos EUA, mortos a tiros em 22 de maio de 2025.
Embaixada de Israel nos Estados Unidos
Segundo a chefe da polícia, ele gritou “Palestina Livre” enquanto estava sob custódia. Ela acrescentou que o suspeito não tinha antecedentes criminais.
Ainda segundo a polícia, ele teria atirado em direção a quatro pessoas. Após o tiroteio, Rodriguez tentou entrar no prédio onde o evento estava acontecendo, mas foi impedido pela segurança do evento.
Uma vez sob custódia, ele teria dado a entender que havia cometido o ataque e indicado onde havia descartado a arma usada, que foi prontamente recuperada.
O CEO do Comitê Judaico Americano (AJC, na sigla em inglês), confirmou ao canal ABC News que a organização sediava um evento no museu nesta noite.
“Estamos devastados por um ato de violência indescritível ter ocorrido do lado de fora do local. Neste momento, enquanto aguardamos mais informações da polícia sobre exatamente o que aconteceu, nossa atenção e nossos corações estão voltados exclusivamente para os feridos e suas famílias”, disse.
Polícia trabalha no local depois que dois funcionários da embaixada de Israel em Washington foram baleados e mortos
Rod Lamkey, Jr./AP
Ainda segundo o canal, a Procuradora-Geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, e a Procuradora Interina do Distrito de Columbia, Jeanine Pirro, foram ao local pouco após o incidente.
O caso ocorreu próximo ao escritório regional do FBI. O diretor da organização, Kash Patel, disse que ele e sua equipe foram informados sobre o tiroteio.
“Enquanto trabalhamos com o Departamento de Polícia Metropolitana para responder e entender mais sobre o ocorrido, por ora, por favor, orem pelas vítimas e suas famílias”, escreveu ele no X.
Local do ataque que matou dois funcionários da embaixada de Israel, em Washington
Rod Lamkey, Jr./AP
Reação dos líderes
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse, nesta quinta (22), que está chocado com a morte do casal.
Ele chamou o caso de “assassinatos antissemitas” e disse que vai fortalecer a segurança nas embaixadas israelenses ao redor do mundo.
Mais cedo, nas redes sociais, o presidente dos EUA, Donald Trump, se solidarizou com a família das vítimas e culpou o antissemitismo pelo ocorrido.
“Esses assassinatos horríveis em D.C., claramente motivados por antissemitismo, precisam acabar, agora! O ódio e o radicalismo não têm lugar nos EUA. Meus sentimentos às famílias das vítimas. É muito triste que coisas assim ainda possam acontecer! Que Deus abençoe a todos vocês!”, disse.
Donald Trump se pronuncia sobre ataque a funcionários da embaixada de Israel, em Washigton, nos Estaods Unidos
Reprodução/Truth Social
O embaixador de Israel nas ONU, Danny Danon, chamou o tiroteio de um “ato de terrorismo antissemita perverso” em suas redes sociais.
“Atacar diplomatas e a comunidade judaica é ultrapassar um limite inaceitável”, escreveu ele.
A porta-voz da embaixada de Israel, Tal Naium Cohen, disse em comunicado que tem confiança nas autoridades para capturar o responsável pelo tiroteio.
“Temos total confiança nas autoridades policiais, tanto em nível local quanto federal, para capturar o atirador e proteger os representantes de Israel e as comunidades judaicas em todos os Estados Unidos”, diz o comunicado.
Dois funcionários da embaixada de Israel morreram baleados do lado de fora de evento no Museu Judaico da Capital, em Washington, nos Estados Unidos
Reuters via WJLA

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