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Em dez anos, Brasil recebeu quase meio milhão de pedidos de refúgio; venezuelanos são maioria

Cubanos, haitianos e angolanos aparecem em seguida no ‘ranking’ de pedidos. Ao todo, Brasil abrigou refugiados de 175 países no período, segundo Ministério da Justiça. Quase meio milhão de estrangeiros pediram refúgio no Brasil nos últimos dez anos, aponta levantamento do Ministério da Justiça divulgado nesta sexta-feira (13).
Foram, ao todo, 454.165 pedidos de refúgio apresentados entre 2015 e 2024 por pessoas de 175 países. Mais da metade (58,7%) partiu de venezuelanos, que fizeram 266.852 solicitações nesse período.
A prevalência dos venezuelanos se explica pela crise política e econômica enfrentada pela Venezuela nos últimos anos, que levou a uma saída em massa de pessoas daquele país.
A Venezuela é governada desde 2013 por Nicolás Maduro, herdeiro político de Hugo Chávez, que vem se mantendo no poder sob acusações de autoritarismo e perseguição a opositores.
No ano passado, Maduro foi reeleito em um pleito marcado por suspeitas de fraude (o resultado da eleição não foi reconhecido por diversos países, incluindo o Brasil).
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Em segundo lugar nos pedidos de refúgio ao Brasil estão os cubanos, com 52.488 solicitações apresentadas nesses dez anos; seguidos por haitianos (37.283) e angolanos (18.435).
O número de refugiados efetivamente reconhecidos pelo Brasil, entretanto, é bem menor. Ao final de 2024, essa era a situação de 156.612 estrangeiros. Em relação a 2023, houve aumento de 9,5%.
Considerando apenas o ano de 2024, foram apresentados ao Brasil 68.159 pedidos de refúgio, alta de 16,3% na comparação com 2023. Os venezuelanos, mais uma vez, foram os responsáveis pelo maior número (27.150), seguidos de cubanos e angolanos.
“A variação positiva identificada no número de solicitações de refúgio registradas no ano de 2024, quando comparado com o ano de 2023, reforça a tendência de retomada dos níveis mais elevados de demanda por proteção internacional no Brasil, já identificada nas duas edições anteriores do anuário Refúgio em Números”, diz o ministério da Justiça.
“A elevação nos pedidos ocorre após o período de intensas restrições à mobilidade humana decorrentes da pandemia de Covid-19, indicando uma reconfiguração dos fluxos e o restabelecimento gradual dos movimentos de solicitação de refúgio no país”, complementa o documento.
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