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‘Guerra de risco para os dois’: por que conflito entre Israel e Irã tem perigo compartilhado

Forças de Defesa de Israel atingiram dezenas de alvos no Irã. Explosões foram registradas em Teerã e em outras cidades do país. Israel diz que objetivo é impedir o avanço do programa nuclear iraniano. Uma das principais frentes de defesa de Israel é o chamado Domo de Ferro, um sistema desenvolvido por com o apoio dos EUA e usado para abater foguetes de curto alcance.
Em entrevista ao podcast O Assunto deste sábado (14), Tanguy Baghdadi, professor de política internacional e fundador do podcast Petit Journal, explica que “o Domo de Ferro é bastante eficaz, mas está longe de ser inexpugnável.” OUÇA A ÍNTEGRA DO EPISÓDIO AQUI.
“Tem ataques iranianos que podem atingir, sim, cidades israelenses. Então claro que o dano é menor do que seria se Israel não tivesse o Domo de Ferro, mas Israel está longe de poder confiar 100% numa num sistema como esse.”
O Domo de Ferro interceptou milhares de foguetes desde que foi ativado no início da década passada. Israel afirma que o equipamento tem uma taxa de sucesso superior a 90%.
Quando um ataque é identificado, a tecnologia calcula a trajetória do foguete inimigo e verifica se uma área urbana será bombardeada. O sistema, então, lança um míssil interceptor que explode o artefato inimigo ainda no ar.
Tanguy também ressalta que o Irã é um país que tem investimento militar grande e com histórico de tradição militar.
“É, sim, uma guerra de risco para os dois.”
As diferenças entre os arsenais
O professor de Relações Internacionais da UFF e pesquisador de Harvard Vitelio Brustolin disse ao g1 que os arsenais aéreos de Israel e Irã tem algumas diferenças: enquanto Israel possui mais tecnologia, Irã tem uma quantidade maior de equipamentos.
Segundo Brustolin, os caças de Israel são melhores e mais novos que os do Irã. O país governado por Benjamin Netanyahu tem aeronaves de última geração importadas dos Estados Unidos, seu maior aliado. Em contrapartida, o Irã é o segundo país mais sancionado do mundo, atrás apenas da Rússia – que invadiu a Ucrânia em 2022 e está em guerra desde então.
Enquanto Israel tem caças de última geração, como o F-35, a frota do Irã é composta por jatos mais antigos ou obsoletos, de modelos F mais antigos e caças da União Soviética, nos modelos SU-22 e SU-24. A Força Aérea israelense tem 39 caças F-35 e foi o primeiro país do mundo a operar esse modelo, fabricado pelos EUA.
“Israel controla os céus do Oriente Médio desde a Guerra dos Seis Dias [conflito entre Israel e países árabes em 1967]. O país não tem profundidade territorial, então precisa ter uma estratégia em caso de ataque iminente, e a aviação é muito importante para isso”, afirmou Brustolin.
INFOGRÁFICO COMPARA O PODERIO MILITAR DE ISRAEL E DO IRÃ
Entenda o conflito
Na noite de quinta-feira (12), as Forças de Defesa de Israel atingiram dezenas de alvos no Irã. Explosões foram registradas em Teerã e em outras cidades do país. Os militares afirmaram que o objetivo da operação era impedir o avanço do programa nuclear iraniano.
O regime iraniano ameaçou Israel e Estados Unidos ao afirmar que os países iriam “pagar caro”. O líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, disse que Israel receberia “um destino amargo”.
O ataque matou os chefe da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, e o chefe das Forças Armadas do país, Mohammad Bagheri. Além deles, dois cientistas nucleares, Mohammad Mehdi Tehranchi e Fereydoon Abbasi, também foram mortos.
Foto mostra destroços em Teerã após ataque de Israel ao Irã
MEGHDAD MADADI / TASNIM NEWS / AFP
O Assunto é o podcast diário produzido pelo g1, disponível em todas as plataformas de áudio e no YouTube. Desde a estreia, em agosto de 2019, o podcast O Assunto soma mais de 161 milhões de downloads em todas as plataformas de áudio. No YouTube, o podcast diário do g1 soma mais de 12,4 milhões de visualizações.

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