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É #FAKE que o Brasil forneceu urânio ao Irã

Post com mais de 4,8 milhões de visualizações cita ‘boato’. Ao Fato ou Fake, governo federal diz que ‘nunca houve qualquer venda de urânio para o Irã’; veja detalhes da checagem. É #FAKE que Brasil forneceu urânio para o Irã
Reprodução
Circulam nas redes sociais posts sugerindo que o Brasil forneceu urânio ao Irã. É #FAKE.

g1
🛑 O que diz a mensagem falsa?
Um dos posts, publicado no X neste domingo (15), diz: “Rapaz, se for verdade esse boato que o Brasil forneceu urânio para o Irã… a m* será merecidamente gigantesca”. A publicação teve mais de 4,8 milhões de visualizações em dois dias.
A publicação enganosa circulou em meio ao mais recente confronto direto entre os dois países. Nesta quinta-feira (12), um ataque de Israel matou parte da cúpula militar do Irã e danificou instalações nucleares.
Em resposta, as Forças iranianas lançaram cerca de cem mísseis contra o território israelense – foram ouvidas explosões em Jerusalém e Tel Aviv.
⚠️ Por que a mensagem é falsa?
Nesta terça-feira (17), a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República divulgou, em seu site oficial, uma nota com o seguinte título: “Brasil não vende urânio para uso bélico”. O texto diz: “Diferentemente do que tem sido alegado em posts que viralizaram, a INB [Indústrias Nucleares do Brasil] não tem qualquer negócio com o Irã ou jamais teve”.
A INB é uma empresa pública, e a única autorizada a extrair e processar urânio em território nacional. Ou seja, é ilegal qualquer exploração dessa atividade sem a participação da empresa.
Como o comunicado citava “urânio para uso bélico”, o Fato ou Fake perguntou à Secretaria se o Brasil já chegou alguma vez a vender esse minério para o Irã com fins pacíficos. O e-mail de resposta, enviado nesta quarta-feira (18), afirma:
“Nunca houve qualquer venda de urânio para o Irã. A INB realizou, no passado, a venda de urânio para a Argentina, com finalidade exclusivamente voltada à geração de energia elétrica. A operação foi conduzida dentro dos marcos legais e devidamente autorizada pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), em conformidade com os compromissos internacionais assumidos pelo Brasil”.
O Fato ou Fake também mostrou a mensagem viral à Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (ABACC).
O e-mail de resposta relata que não existe nenhum registro no banco de dados de contabilidade nuclear da ABACC sobre qualquer exportação desse tipo desde o início das operações do órgão, em 1992.
Procurado, o Ministério das Minas e Energia (MME) afirmou que: “Conforme a Constituição Federal Brasileira, é de competência exclusiva da União o monopólio sobre a pesquisa, lavra, enriquecimento, reprocessamento, industrialização e comércio de minérios nucleares”.
A pasta cita que a “comercialização de urânio também é competência exclusiva do Estado, sendo que a exportação depende de prévia autorização” e que “o Brasil é signatário de múltiplos tratados e acordos que regem suas atividades nucleares e impedem o fornecimento de material para fins não pacíficos”.
“O MME reitera que não houve qualquer venda de urânio para o Irã e que nenhuma de suas empresas vinculadas têm relações com o país, no campo da exportação de urânio, seus concentrados ou derivados. Toda a produção nacional é utilizada para atender às necessidades das usinas Angra 1 e 2, no Rio de Janeiro, operadas pela Eletronuclear.”
É #FAKE que Brasil forneceu urânio para o Irã
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