Juliana Marins é vista imóvel 500 metros penhasco abaixo, diz parque de vulcão na Indonésia
Às 5h desta segunda, meio da tarde na Indonésia, a família tinha dito que as buscas haviam sido novamente interrompidas, 3 dias depois do acidente, e que não havia informações sobre como a niteroiense está. Alpinistas tentam acessar local onde brasileira está na Indonésia
O perfil oficial do Parque Nacional do Monte Rinjani, na Indonésia, informou que socorristas conseguiram avistar Juliana Marins, que caiu da trilha até o cume no fim de semana. Um drone operado por resgatistas chegou até onde a jovem estava, 500 metros penhasco abaixo. Ela estava imóvel.
“Às 6h30 [de segunda-feira (23) de Lombok, 17h30 de domingo (22) no Rio de Janeiro], a vítima foi localizada com o uso de um drone, em posição presa a um paredão rochoso, a uma profundidade de aproximadamente 500 metros, e visualmente sem sinais de movimento.”
Às 5h desta segunda, meio da tarde na Indonésia, a família tinha dito que as buscas haviam sido novamente interrompidas, 3 dias depois do acidente, e que não havia informações sobre como a niteroiense está.
“A operação enfrenta terreno extremamente difícil e condições climáticas instáveis. A neblina densa reduz a visibilidade e aumenta os riscos. Por segurança, a equipe foi recolhida a uma posição segura”, diz a postagem.
“Às 14h30 [da ilha, 1h30 no Brasil], foi realizada uma reunião de avaliação com o governador de Nusa Tenggara Ocidental. Em sua orientação, o governador incentivou a aceleração do resgate com a opção de uso de helicóptero”, prosseguiu.
Dois alpinistas experientes se juntaram à equipe que tenta resgatar a brasileira. Segundo a família da jovem, os profissionais “estão indo ao encontro do local do acidente de Juliana”.
“Não temos a informação se eles conseguirão dar continuidade ao resgate durante a noite, mas sabemos que há um bom reforço com equipamentos específicos para acompanhar a equipe que já está no local”, informou o perfil @resgatejulianamarins, criado por parentes e único canal oficial de atualizações.
O Parque Nacional do Monte Rinjani fica na Ilha de Lombok, na Província de Sonda Ocidental, e o fuso horário local está 11 horas à frente de Brasília.
“Às 16h do horário local [5h em Brasília], o resgate foi interrompido por condições climáticas. Mas antes já havia sido dito que eles parariam ao entardecer por não operarem à noite.”
A página afirmou que Juliana parecia estar a 600 metros desfiladeiro abaixo.
“Um dia inteiro e eles avançaram apenas 250 metros abaixo, faltavam 350 metros para chegar na Juliana e eles recuaram. Mais uma vez! Mais um dia! Nós precisamos de ajuda, nós precisamos que o resgate chegue até Juliana com urgência!”
Brasileira foi abandonada por guia durante uma hora, diz irmã
Mapa mostra onde Juliana caiu
Infografia: Dhara Pereira/g1
Críticas
O perfil ainda fez críticas às autoridades da Indonésia.
“O parque segue com a sua atividade normalmente, turistas continuam fazendo a trilha, enquanto Juliana está precisando de socorro! Nós não sabemos o estado de saúde dela! Ela segue sem água, comida e agasalhos! Juliana vai passar mais uma noite sem resgate por negligência!”, escreveu.
Aparentemente é padrão nessa época do ano que o clima se comporte dessa forma, eles têm ciência disso e não agilizam o processo de resgate! Lento, sem planejamento, competência e estrutura!”
O resgate havia sido suspenso neste domingo (22) também por causa das condições climáticas difíceis, com muita neblina.
A irmã de Juliana, Mariana, disse em entrevista ao Fantástico que ainda tem esperança de que ela seja encontrada.
Como é a trilha para o vulcão onde brasileira caiu na Indonésia
Quem é a brasileira que caiu em trilha e espera resgate na Indonésia
Informação desencontrada
Irmã de brasileira que caiu em trilha de vulcão na Indonésia desmente resgate
A família da brasileira negou neste domingo (22) informações divulgadas por autoridades indonésias e até pela Embaixada do Brasil em Jacarta de que a jovem teria recebido comida, água e agasalho.
“Recebemos, com muita preocupação e apreensão, que não é verdadeira a informação de que a equipe de resgate levou comida, água e agasalho para a Juliana. A informação que temos é que até agora não conseguiram chegar até ela, pois as cordas não tinham tamanho suficiente, além da baixa visibilidade”, afirmou Mariana, que está no Brasil.
Drone flagra brasileira que caiu em trilha na Indonésia
A irmã também denunciou que vídeos divulgados como sendo do momento do resgate foram forjados.
“Todos os vídeos que foram feitos são mentiras, inclusive o do resgate chegando nela. O vídeo foi forjado para parecer isso, junto com essa mensagem associada a ele”, disse Mariana.
O embaixador do Brasil na Indonésia admitiu, em ligação registrada pelo Fantástico, que repassou informações incorretas no início, com base em relatos imprecisos das autoridades locais.
Jovem Juliana Marins, 26 anos, caiu em trilha na Indonésia
Redes sociais
Juliana foi vista pela última vez por volta das 17h30 (horário local) do sábado (21), em imagens feitas por turistas com o auxílio de um drone. De acordo com a família, essas imagens dela caída na trilha são reais.
📸Clique aqui e siga o perfil do RJ1 no Instagram
✅Siga o canal do g1 Rio no WhatsApp e receba as notícias do Grande Rio direto no seu celular!
Em uma postagem nas redes sociais, Mariana deu detalhes sobre a queda da irmã na trilha. Segundo ela, Juliana saiu com um grupo de 5 pessoas e um guia local. O grupo já estava em seu 2º dia de trilha, quando Juliana disse que estava cansada para continuar.
“O guia falou: ‘então descansa’ e seguiu viagem. A gente tinha recebido a informação que o guia tinha ficado com ela, que ela tinha tropeçado e caído. Não foi isso que aconteceu”.
“O guia só seguiu viagem para chegar até o cume. A gente só tem essas informações de mídia local. Juliana ficou desesperada porque ninguém mais voltou e caiu. Abandonaram Juliana”, disse Mariana.
Condições climáticas da trilha onde a brasileira caiu são ruins neste domingo
Reprodução redes sociais
Mapa mostra onde Juliana caiu’
Reprodução/TV Globo
O que se sabe até agora
Juliana Marins caiu durante uma trilha no vulcão Rinjani, uma das atrações turísticas mais conhecidas da Indonésia. A queda ocorreu na madrugada de sábado (21), no horário local — ainda sexta-feira (20) no Brasil. Ela teria escorregado e caído cerca de 300 metros abaixo da trilha original.
A jovem estava sozinha no momento do acidente e foi localizada por turistas que passaram pela trilha horas depois. Eles usaram um drone para encontrá-la e divulgaram vídeos nas redes sociais, o que ajudou a informação a chegar até a família no Brasil.
Jovem Juliana Marins, 26 anos, caiu em trilha na Indonésia
Redes sociais
Quem é Juliana Marins
Natural de Niterói (RJ), Juliana Marins é formada em Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e também atua como dançarina de pole dance. Desde fevereiro, ela fazia um mochilão pela Ásia, tendo passado por Filipinas, Vietnã e Tailândia antes de chegar à Indonésia.
A jovem compartilhou registros da viagem nas redes sociais, onde mantinha contato com amigos e seguidores. O acidente interrompeu abruptamente a jornada, e agora familiares e amigos acompanham com apreensão a busca por notícias concretas sobre seu estado de saúde e localização.