Cápsula Dragon é usada pela Nasa para levar astronautas à Estação Espacial Internacional (ISS). A nave Dragon é vista se aproximando da ISS em 29 de setembro de 2024, sobre o estado do Oregon, nos EUA.
NASA Johnson
Elon Musk, dono da SpaceX, disse, nesta quinta-feira (5), que desativará a nave espacial Dragon, usada pela Nasa para levar astronautas à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).
A postagem foi feita depois que o presidente americano, Donald Trump, ameaçou rescindir seus contratos com o Estado. Ex-aliados, ele e Musk passaram boa parte da quinta-feira trocando farpas.
“À luz da declaração do Presidente sobre o cancelamento dos meus contratos com o Estado, a SpaceX começará a desativar sua nave espacial, Dragon, imediatamente”, escreveu Musk, no X, a rede social da qual ele também é o dono.
O presidente dos EUA, Donald Trump, e Elon Musk participam de uma coletiva de imprensa no Salão Oval da Casa Branca, em Washington, D.C., EUA, em 30 de maio de 2025.
Reuters/Nathan Howard
A SpaceX não se pronunciou até a última atualização desta reportagem. A empresa tem contratos com a Nasa, a agência espacial americana: Musk fornece foguetes e também naves espaciais para projetos de exploração espacial do governo americano.
Isso foi colocado como um possível conflito de interesses quando Trump anunciou que o bilionário faria parte de seu governo.
Musk assumiu o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês) em janeiro, depois de ter uma atuação-chave na campanha de Trump.
O DOGE não era um órgão oficial do governo e o trabalho de Musk e sua equipe tinha data para terminar: o fim de maio.
O magnata prometeu fazer cortes substanciais nas despesas do governo. Mas suas no DOGE motivaram diversas críticas por levarem ao desmonte de programas sociais e demissões em massa de servidores públicos. Ele também foi acusado de inflar o montante economizado.
Musk anunciou sua saída do governo dois dias antes do previsto, em 28 de maio. Poucos dias depois, ele se reuniu com Trump na Casa Branca.
Publicamente, o presidente elogiou a trajetória do empresário, sinalizando que ele poderia voltar ao governo. Mas o “casamento” começou a desmoronar nas redes sociais, o campo preferido dos dois para dar recados.
